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Avaliação Chevrolet Onix automático

Avaliação Chevrolet Onix automático

Compacto da Chevrolet é o único com câmbio automático de 6 marchas

Que o Onix conseguiu conquistar de verdade os brasileiros, ninguém tem dúvidas. Como o carro mais vendido da Chevrolet no Brasil, ele tem sido o fiel da balança para a marca. E quando ninguém esperava, a Chevrolet surpreendeu o mercado apresentando o Onix (o novo Prisma também) com a opção de câmbio automático.
 
Contrariando a “regra” de mercado, que carro compacto não merece muita tecnologia, a Chevrolet inovou com o Onix automático. Enquanto muitos sedans de médio porta ainda são vendidos com câmbios automáticos de 5 marchas, a Chevrolet trouxe a sua tecnologia de cima para baixo, ofertando um câmbio automático de 6 marchas no seu compacto de entrada. Essa ação ousada mostrou resultados práticos nas concessionárias. Vale destacar que o câmbio automático só esta presente no Onix com moto r 1,4 litro.
 
O primeiro fato a ser observado é que o Onix já era um carro muito gostoso para se dirigir, mesmo com o câmbio manual de cinco marchas. E diferente do que muitos podem imaginar, o carro ficou melhor com o câmbio automático de 6 marchas. Geralmente, quando um carro recebe um câmbio automático, e é feita a comparação com a versão de câmbio manual, a primeira coisa que se nota é: o carro ficou muito mais lento.
 
Isso acontece porque o câmbio automático utiliza um conversor de torque, no lugar da embreagem. No câmbio manual, toda força é transferida do moto r (através do câmbio) para as rodas sem “escorregamentos”. No câmbio automático, o conversor de torque permite esse escorregamento, por conta da tecnologia que elimina a embreagem. Outro problema é que, geralmente, os câmbios automáticos tem número menor (ou igual) de marchas que o câmbio manual. E isso resulta em mais perdas.
 
Mas no Onix, a coisa é diferente. Subindo de cinco para seis marchas, o novo câmbio permite melhor relação para o moto r. Ainda que a “pegada” numa arrancada não seja a mesma do câmbio manual, todo o resto é melhor. Entre as melhorias importantes, está o consumo de combustível, que se mantém igual ao do câmbio manual. E dependendo da forma de dirigir do moto rista, fica até mais econômico que o manual.
 
A segunda geração dessa transmissão automática conta com sistema adaptativo de trocas de marcha, que engloba alguns recursos. Um deles é o freio moto r que mantém a marcha em uso mesmo quando o moto rista alivia o pé do acelerador. Outro recurso é o Active Select, que permite realizar trocas de marcha manuais, por meio dos controles localizados na alavanca de transmissão. Na segunda geração o sistema é 0,5 segundo mais rápido para troca de marchas à frente e 0,7s nas reduções. Ou seja, desempenho até 50% mais rápido que a geração anterior.
 
Motor
 
O projeto do Onix foi o primeiro modelo da marca a utilizar os moto res "SPE/4" (Smart Performance Economy /4 cilinders), que tem alta densidade de potência. A versão LTZ, esta disponível apenas com o moto r 1,4 litro. Sua potência máxima é de 106 cavalos com etanol e 98 cavalos na gasolina, sempre a 6000 rpm. O torque máximo com etanol, é de 13,9 kgfm a partir de 4800 rpm e 13,0 kgfm com gasolina, com mesma rotação.
 
Desempenho
 
O desempenho do Onix automático também não decepciona. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 12 segundos no etanol e, em 12,7 s na gasolina. E a velocidade máxima é de 171 km/h (na versão manual é de 180 km/h, limitada eletronicamente). Na estrada com etanol, o Prisma consegue fazer até 10 km/l. Com gasolina, a média sobe para 13 km/l. Isso numa medição realizada com velocidade constante de 120 km/h e ar-condicionado ligado. Com um tanque de 54 litros, a autonomia é muito boa.
 
Interior
 
Um dos pilares que orienta o projeto do Onix é a usabilidade. Tudo foi pensado de forma a dar o máximo de conveniência ao cliente. A oferta de porta-objetos é ampla. Além disso, o interior foi consideravelmente trabalho para dar a sensação de um carro de categoria superior. E isso fica evidente logo de cara. O Onix preserva o conceito de Dual Cockpit encontrado em outros modelos da marca. Na frente, notam-se vários porta-objetos no painel e no console central. Outro detalhe que chama a atenção são os mostradores analógicos e digitais. Esse estilo de painel foi inspirado em moto s"> moto s esportivas, e estreou na Chevrolet com o Sonic. O painel vem com iluminação LED na tonalidade “Ice Blue”. O interior é prático e conta com 15 porta-objetos. O porta-luvas merece atenção pelo inteligente desenho. O Onix tem a tampa do porta-luvas abrindo para cima. É possível acessar o compartimento sem o incomodo da tampa bater nas pernas do passageiro da frente. Além disso, o porta-luvas é grande o suficiente para abrigar uma bolsa feminina média. Ficou claro que a Chevrolet se preocupou em desenvolver um carro verdadeiramente prático por dentro. O porta-malas com 280 litros está na média da categoria e a abertura da tampa pode ser feita pelo telecomando da chave.
 
O Onix vem com um estepe de uso “temporário”, que é mais fino que os pneus normais do carro. Outro detalhe que deixa a desejar é a posição da alça para puxar a porta dianteira. Ela fica um pouco baixa, obrigando certo esforço das pessoas. A solução é pouco ergonômica.
 
Dirigibilidade
 
Quanto a dirigibilidade, pode-se afirmar que o Onix automático é o compacto mais confortável da sua categoria. Para começar, o moto rista conta com ajuste de altura do banco e da coluna de direção. Ainda que seja um compacto, a dirigibilidade é comparável a de modelos de categoria superior. O que mais se destaca é a direção com assistência, leve em manobras. O desenho dos bancos dianteiros, com um estofamento firme e relativamente confortável, ajuda a encarar longos períodos ao volante sem cansar o moto rista.   O carro tem um rodar bastante suave graças a uma suspensão que parece ser a melhor entre todos os concorrentes diretos da categoria.
 
MyLink
 
O Onix inaugurou uma receita de tecnologia e conectividade que conquistou o público. Trata-se do My Link. Tal sistema é de série na versão LTZ. Essa central está baseada no conceito "Bring Your Own Media" que permite ao usuário trazer suas músicas, fotos, vídeos e aplicativos do celular para o veículo.
 
Esse sistema multimedia rompe com os tradicionais conceitos. Pra começar, o CD Player foi excluído. Ou seja, música agora é apenas digital. Ainda existem conexões tipo USB, entrada auxiliar P2 ou conexão Bluetooth. Na conexão Bluetooth, o sistema suporta o formato áudio estéreo ou viva-voz para o celular. O My Link vai de encontro a uma nova realidade, onde a maioria das pessoas utilizam seu próprio Smartphone para transportar suas músicas. Mas que isso, o sistema My Link permite ainda a reprodução de filmes e fotos direto na tela, desde que armazenados no Pen-Drive. Porém, isso só pode ser feito com o carro parado.
 
O MyLink tem uma interface amigável. Praticamente tudo é acessado através da tela LCD touch screen de sete polegadas. Por meio dela é possível controlar algumas configurações do carro como avisos sonoros de faróis ligados, acionamento do limpador traseiro, travamento automático das portas, entre outros. O My Link conta com a possibilidade da instalação de softwares adicionais que se conectam com o smartphone (seja plataforma Android ou IOS da Apple), e que utilizam a conexão de dados através da conexão Bluetooth. Fica a ressalva que esses softwares precisam ser adquiridos pelo cliente e seu funcionamento depende da disponibilidade de rede celular e pacote de dados no smartphone do cliente.
 
Também é possível fazer ligações telefônicas via Bluetooth por meio da tecnologia HFT (Hands Free Telephone). De forma complementar o MyLink permite a importação de informações do celular como, agenda de contatos e histórico de chamadas. Através da tela touch screen, o usuário pode realizar chamadas, e escutar músicas do celular, tudo pela interface Bluetooth.   E claro, a central também conta com as funções de rádio AM/FM. E através da porta USB, o cliente pode utilizar pen-drives com arquivos no formato MP3 e WMA.
 
Mais equipamentos
 
O Onix LTZ reserva ainda surpresas. Um recurso muito útil é a abertura e fechamento de todos os vidros pelo telecomando da chave. Isso é excelente quando o carro fica no sol forte, o moto rista pode ventilar o carro antes de entrar nele. Outro equipamento bastante útil é o acendimento automático dos faróis, quando se destranca as portas pelo comando da chave.
 
Outras mudanças que acompanham o câmbio automático são o controle automático de velocidade com botões no volante, e uma nova tonalidade de cor externa, a Azul Sky (do veículo avaliado aqui). O pacote ainda contempla volante em couro, e os acionamentos automáticos da abertura da portinhola do combustível e do porta-malas, de dentro do veículo.
 
Preço e mercado
 
Segundo Ricardo Nadaluti (gerente de vendas da Chevrolet Adara Campinas) esse é um carro que tem um perfil bastante variado de cliente. No geral, o cliente que procura está com foco no conforto. O câmbio automático de seis marchas faz toda a diferença na escolha do Onix LTZ. Esse cliente não gosta da opção do câmbio “robotizado” dos modelos concorrentes diretos. Outro diferencial observado nos clientes é o My Link. “O cliente realmente aceitou a solução. O sucesso é tanto, que quase 70% dos Onix (mesmo de entrada) já trazem o My Link”, destaca o Gerente. Ricardo ainda enfatiza que o sistema My Link pode contar com dois acessórios: a câmera de ré e sintonizador de TV digital (no padrão brasileiro).
 
O Onix LTZ é um expressivo produto entre os compactos vendidos no Brasil. Ainda que ele não seja o mais potente da categoria, ou o mais espaçoso, ele tem ótima dirigibilidade, a muita tecnologia embarcada, elevada habitabilidade e um bom conjunto na média. E por R$ 52,7 mil, não se compra nada muito melhor que o Onix 1,4 LTZ automático. Como último comentário, o Onix é daqueles carros, que para se conhecer é preciso andar nele. Ele é relativamente discreto por fora, quando comparado a grande qualidade que oferece ao seu dono.